domingo, 22 de fevereiro de 2015

Madureira

A madureira ainda não deu frutos
Nem aqui nem na sua terra de origem.
Ouvi dizer que quando vierem,
Eles, os frutos,
Serão tão eternamente verdes
A nunca serem mordidos
Tamanho o asco provocado pelo seu azedo.
Mas não devemos nos preocupar com isso.
Se nem mesmo o proibido da serpente até hoje foi encontrado
Não será este que nos amargará.
É mais divertido trepar no tronco
E lá de cima balançar os galhos
Para derrubar as muitas folhas secas penduradas no caule velho,
Ganhar umas ferpas naquele inútil anelar a seguir os movimentos do restante da mão
E pronto:
Pular fora e correr pra casa.
Já está na hora do jantar.