Essa poça lamacenta
É o que queria;
Esse rito de indiferença.
Passar acordado os dias
Com o mínimo de existência possível
Até o torpor
E depois a gangrena.
Eu não - você!
Se algo ouso acusar
Bradando do cume de minha auto-consciência declarada
É que isso é obra sua.
Aquela que lhe é tão querida,
Indo pelo nome de 'maturidade',
É um ledo engano, meu caro;
Uma sereia que canta de uma vida branda,
Mas quando engolido o engodo
Vem a aquiescência.
Aí te devora as tripas sem nem perceberes;
A magia da aquietação.
Tu divagas os olhos sujos,
Sem reflexo, cínicos,
Tão distantes de você
E ficas a esperar um caminho,
Como se a vida fosse jornada.
Já eu recaio na letargia,
E nem de ódio posso mais sofrer.
A indiferença que contagia já me apossou;
Agora passo o tempo a esquecer.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
domingo, 1 de setembro de 2013
Estrela no chão
Maristela, querida,
Caiu no mar
E sumiu aos olhos do homem.
Com trejeitos de deusa
E linguagem popular
Pousou na superfície plana
Da plataforma brasileira.
Lá encontrou vulcões marítimos
E monstros que não havia no céu.
O mar, afinal,
É terra repleta de água
Que potencializa tudo
E explode em ondas
Nas costas do Brasil.
Caiu no mar
E sumiu aos olhos do homem.
Com trejeitos de deusa
E linguagem popular
Pousou na superfície plana
Da plataforma brasileira.
Lá encontrou vulcões marítimos
E monstros que não havia no céu.
O mar, afinal,
É terra repleta de água
Que potencializa tudo
E explode em ondas
Nas costas do Brasil.
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