Ofende?
Coroa?
Catequiza?
Então voa
E enraíza
Onde prende
Novo
E não escraviza.
terça-feira, 24 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Digerido/congestionado
Falha demais
Ao ponto do sucesso
Essa minha empreitada
De ser um anexo
Nas costas de alguéns
Virando ninguéns
Ao girar na cama e mudar de lugar.
Como posso ser tão bem sucedido
Nessa linha terrivelmente falha
De raciocínio?
Quantas vezes já disseram
Que a ignorância é um bálsamo
E não quis acreditar.
Resta saber se ela funciona tão bem
Na autoconsciência a longo prazo;
Se tem validade
Ou anuidade
Que pague como penitência
No perder de palavras
E esvaziar de mentes
Em que recaiam os entes da minha perdição.
Resta saber coisa demais
E no entanto pouco me interessa.
Estou mais que sobrevivendo
De alguma forma estou vivo
Num empurrão crível de força vital
Que brotou de qualquer lugar
Como pé de feijão nascido de terra infértil
Sem ser regado ou cuidado.
Estou o gosto salgado
Do feijão recém cozido
E talvez isso seja bom.
Talvez não.
A digestão ou a congestão dirá.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Superficial gay boys sound better in english and even more in sex
Aqui não tem espaço
Pra menos que nada
Ou mais que ego
Alego logo então
Que meu legado não será
Levado a sério
Como um cemitério
De almas boas.
Aqui serei dos maus
Aqui serei dos óbvios
Aqui serei feliz
Epíteto do moderno
Epifania do cabelo
Cruel como um poema cru
Dissecando a estética
Do teu olhar.
terça-feira, 3 de junho de 2014
Vaticinado
Deixar corpo e mente vacinados,
Que já vaticinaram:
Quando estiveres cansado
Do que quer tenhas carregado
Vá-se embora na dança
Pois todo o resto também vai.
Toldo errado
Lambuzar o corpo na lambada
Apagar a lâmpada
Afagar o errado
Agarrar afobado
Bobear baleado
Que fingir que ferida cura com cicatrização perfeita.
Deixa a bala sambar no corpo
Estragar uns tecidos
Inflamar
Desintegrar no sangue
E vai ao circo tocar fogo
Sentado no meio do caldeirão.
Deixa o toldo cair
E fazer curativo como manda a vida.