Vinde a mim o vosso reino
E as riquezas ocultas
Que nele esgueiram.
Vinde pela luz
Lançando a escuridão em sombra
Sobre a beira do caminho.
Que sejam, então,
Benditos os teus frutos
E que apodreçam em silêncio
Os caroços duros que descartes.
Bendita a Palavra
E o Seu poder;
Bendita a espada
Em que jaz a língua
Mas também os olhos
E seu corte.
Bendita a guerra em Teu nome
Mas bendita a paz
Em que se consome.
Bendita a fome -
A de Ti
Mas a que a Ti move.
Vinde a nós os fracos
E os oprimidos -
Aqui se dorme o sono dos justos;
Ou, pelo menos, aqui se dorme.