Sonho dele
Sonho de leite
Que no açúcar
Enjoado deleite
Derreta
Qual cristais em café
Que a minha fé
É ferrenha, é de prata,
Que não se abata
Com a vertigem, os sons,
De tão virgem da vida
Bater a colher
E ecoar porcelana,
Mulher,
Na ventana de um sopro
Dos lábios que abanam
O calor que não quer
E colher em um gole
Uma gota doce
Num trago amargo
E um beijo liso
Que, aviso,
Desce quente,
Cremoso e al dente.
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