Respeitável público,
Se a vós escrevo
Por desejo, destino ou infortúnio,
Cabem esclarecimentos.
Na minha terra só terra há.
Humana é a mente
E minto se falo em alma.
Real é o presente
Ensejado pelo capital.
Fuga não é escapismo -
É delírio inconstante e impreciso,
É revolução,
É dar-se o direito a enxergar o mundo
Mesmo à sua realidade estando preso.
Amor, ora pois, é fuga
E "eu" não é mais que uma conspiração,
Seja poeta, poesia ou imaginação.
De resto é a res publica
E as confabulações
Que desejeis criar.
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