Os cães latindo
E Cannes letargindo
Só podem significar uma coisa:
O trem está partindo
E logo não mais essa terra;
Esse credo também passará.
E ai de quem não seguir
O latido dos cães
E ficar letargia -
A orgia das mentes não espera;
Ficam só os ganidos
Nos trilhos canídeos
De ossos quebrados.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Inristo
Iesu Christo
Xisto
Cisto
Quisto
E eu sumiço
Insisto
Visto
A capa negra
Da dessagração,
Minha salvação.
Xisto
Cisto
Quisto
E eu sumiço
Insisto
Visto
A capa negra
Da dessagração,
Minha salvação.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Desabafo sem ser (nem frequentar) culto
Mandar à merda,
À mãe,
Ao Papa
E aos seios
Quem carrega sua cruz
E me quer botar uma nas costas.
À mãe,
Ao Papa
E aos seios
Quem carrega sua cruz
E me quer botar uma nas costas.
Ventríloquo
A culpa é tua, querida,
Não vês?
De onde vem a matéria prima
Do meu corpo
E até da mente, quiçá?
Tua e dele.
Antes não tivesse havido
E a vida não me incomodaria
Com seus ciclopes míopes
E vinhos estragados.
Culpa minha,
Mas cem vezes tua.
Não vês?
De onde vem a matéria prima
Do meu corpo
E até da mente, quiçá?
Tua e dele.
Antes não tivesse havido
E a vida não me incomodaria
Com seus ciclopes míopes
E vinhos estragados.
Culpa minha,
Mas cem vezes tua.
domingo, 14 de julho de 2013
Trocadilha - Armadilha - Pesadilla
Así, así...
Cansado da vida
Cruzada na esquina
Trocadilha do movimento
Atracada no produzir
Arrancada do "me perdi".
Así, así...
Trocados de metal
Pedaços de papel
Caixas de concreto
E mentes consagradas
Ao trabalho,
Ay, trabajo,
Burguesia fedida
E medida
Em gestos, em excessos,
Em vazios e gente excluída.
Así, así...
Cansado da vida
Cruzada na esquina
Trocadilha do movimento
Atracada no produzir
Arrancada do "me perdi".
Así, así...
Trocados de metal
Pedaços de papel
Caixas de concreto
E mentes consagradas
Ao trabalho,
Ay, trabajo,
Burguesia fedida
E medida
Em gestos, em excessos,
Em vazios e gente excluída.
Así, así...
sábado, 6 de julho de 2013
Pas de deux
O tempo todo são metades retorcendo até rasgarem
De um conjunto que num só nunca nos foi;
A vida arrastando e letargindo
Os nervos a perder conexões
E tudo é mais vivido num sozinho
De sol que emana luz como se dois
Quando em retrospecto vê fingindo
As sombras de um minguar que se supôs
Nas entrelinhas do fim, do megido,
Dos seres, eternamente,
Como um ciclo,
Que em nasceres e morreres se impôs.
De um conjunto que num só nunca nos foi;
A vida arrastando e letargindo
Os nervos a perder conexões
E tudo é mais vivido num sozinho
De sol que emana luz como se dois
Quando em retrospecto vê fingindo
As sombras de um minguar que se supôs
Nas entrelinhas do fim, do megido,
Dos seres, eternamente,
Como um ciclo,
Que em nasceres e morreres se impôs.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Quantitativo qualitativo
Quanto do que quanto do que quanto do que quanto do que
Quanto é
Do que sou do que sou do que sou do que sou
O que sou
O que é
Do que soul?
Quanto é
Do que sou do que sou do que sou do que sou
O que sou
O que é
Do que soul?
Amor, beleza e os afins
Ah, meu amor
Eu te vejo desfilando tua beleza
Mas ela não é mais pra mim.
Bonita, meu amor, é a paixão
Que é pra gente, sim,
Que é pro mundo, sim.
Amor não cabe na beleza
E vice-versa, é tudo sempre assim.
Ai, se eu pudesse ter só um pedaço dela,
Um pedaço de ti,
Seria amor enfim...
Daqueles que não têm frieza,
Que são mais amor,
O verdadeiro em mim
Que de verdade com certeza
Não tem muito além de ser afim;
De tudo um pouco,
É a beleza,
É o amor
E não é nada, enfim.
Eu te vejo desfilando tua beleza
Mas ela não é mais pra mim.
Bonita, meu amor, é a paixão
Que é pra gente, sim,
Que é pro mundo, sim.
Amor não cabe na beleza
E vice-versa, é tudo sempre assim.
Ai, se eu pudesse ter só um pedaço dela,
Um pedaço de ti,
Seria amor enfim...
Daqueles que não têm frieza,
Que são mais amor,
O verdadeiro em mim
Que de verdade com certeza
Não tem muito além de ser afim;
De tudo um pouco,
É a beleza,
É o amor
E não é nada, enfim.
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