domingo, 24 de novembro de 2013

Fachos da desaceleração

Nega-me o direito de falar;
Tira-me a insipiência
E arranca meus lábios.
Sem permissão, cognição ou capacidade
Logo serei recoberto
Pelas areias da sanidade
E a tumba dos caminhos vãos.
Logo serei essa assombração
Que desejas ver se arrastando nas ruas,
Metade gado, metade cão,
Metade deus extirpado de sua condição.
Tira-me a consciência,
Pois sou ela quem se recusa,
Rebelde e quente,
À tua monotonia,
Ao teu monoteísmo,
Teu monocromatismo,
Teu capitalismo
E tua estúpida definição de vida.

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