quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Voz

Voz...

Bromélia no desfiladeiro
Chamado Humano
Saltando vermelha e texturizada
À beira do rochedo,
Empurrada constantemente pelo vento
Soprado da terra,
Olhando as ondas a quebrar
Na gruta de onde nascem suas raízes,
Que vão fundo no corpo inclinado
Sobre as nuvens do mar;
Nuvens que adentram o subterrâneo cavernoso,
Correndo os rios freáticos
Até as águas e grãos se confundirem
E não se saber onde é oceano
E o que é pedra.
Apenas a bromélia na bruma.

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