quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Cavalo/Cavaco/Cá-louco

Ontem fui de vidro
Melindroso;
Já não posso mais,
Pois vindo o ontem grosso
No meu calcanhar
Quase não toquei o hoje
Através do espelho de flechar
A própria vida
Antes de fechar a passagem
Entre um dia e outro
Um verso aqui e outro acolá
Um revertério tombando em caroço
Pra seco depois novo se ensopar
No líquido do reflexo
E relinchando alguma coisa
Pensar melindro
Mas sem nunca repassar o refletido
Preferindo nos eternos espelhos enfileirados
Seguir virando vidro.

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