sábado, 11 de julho de 2015

110715

Todos os desejos mudam
Menos a consciência.
Se antes saía cutting os papeis
Hoje prefiro remendá-los
E ver nas letras, qual recortes de revistas,
Novos poemas
Ou pelo menos revisitados.
Revistá-los de cima a baixo
É tarefa demasiado policialesca
De quem busca no morro
Armado até os sentidos
Sem lá ter morado
E pensando
"É tudo cidade; há de aparecer um como-eu".
Que cômodo! Que fariseu!
De terra o chão só tem a si -
Os bairros são o tempo que verteu.
De luz só se vê a brasa -
O mato que queimou combustível
Já se foi esquartejado, quequejado e remoído.
Leva agora a terra morta
E colhe as praganas que conseguir redimir.
O barro ainda é senciente;
Basta saber do quê.

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