Içar velas!
Navegaremos ao encontro da borda do mundo
Com a caravela de ré.
Invertam-nas já!
É chegada a hora de desnavegar a embarcação.
O mar já foi explorado,
Vamos às montanhas
Onde a água petrificada esconde torrentes de lava
E os ventos nunca cessam seu soprar.
Lá viajaremos até derreterem os cascos
E os corpos fundirem na rocha fervente
Voltando a ser minério latente.
Levantem os olhos!
Vejam as ondas gigantes de pedra e neve!
Vejam o seu lento quebrar nas forças do tempo!
Vejam os monstros que habitam seu coração!
Vejam o desgovernado mar de terra
Ruindo em tempestades assombrosas sobre si!
É tempo de desacelerar o tempo
E fitar silenciosamente seu ruidoso passo;
É tempo de passar.
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