Ela me é estranhamente familiar –
Quase como uma árvore
Que escalei na infância –,
Com seu jeito ventoso
De escorrer entre meus braços
E balançar minhas folhas,
Fazendo-me um riacho
Que flui suave
Ainda que meus contornos
Sejam duros e marcados
Das pedras que passaram
Arranhando meu tronco
E caíram no cascalho;
Ela me canta um sereno
Que orvalha meus olhos
E dança sobre o mundo
Azulado
Ondulado
E risonho
Embora calado;
Ela me encontra encostado
À sombra de um carvalho
E faz meu traslado
Entre as costas do vivenciado
Soar mais bonito
Na voz de gaivotas
Que esticam minha mirada
Com o som de suas asas
E me levam ao fundo
Do perdido em mim,
Onde encontro uma paz
Feita de nada,
Uma estrada
Que não me enfada;
Nela me junto
E me desintegro
E o peso da alma flutua
Como dente-de-leão
Voando a esmo
Na imensidão.
Quase como uma árvore
Que escalei na infância –,
Com seu jeito ventoso
De escorrer entre meus braços
E balançar minhas folhas,
Fazendo-me um riacho
Que flui suave
Ainda que meus contornos
Sejam duros e marcados
Das pedras que passaram
Arranhando meu tronco
E caíram no cascalho;
Ela me canta um sereno
Que orvalha meus olhos
E dança sobre o mundo
Azulado
Ondulado
E risonho
Embora calado;
Ela me encontra encostado
À sombra de um carvalho
E faz meu traslado
Entre as costas do vivenciado
Soar mais bonito
Na voz de gaivotas
Que esticam minha mirada
Com o som de suas asas
E me levam ao fundo
Do perdido em mim,
Onde encontro uma paz
Feita de nada,
Uma estrada
Que não me enfada;
Nela me junto
E me desintegro
E o peso da alma flutua
Como dente-de-leão
Voando a esmo
Na imensidão.
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