Quem não sente
Um Réquiem na respiração,
Sufoco de contramão,
Cansaço na escada,
A noite apagada
Feito uma bita torrada
Aos pés dos degraus,
Não sabe.
Quem não ficou descalço
Sobre o frio do chão
De camisola em frente ao vão
Dos contornos apagados
Da escadaria
Enquanto escala as paredes
Um uivado de calmaria
Só não sabe.
Quem não fitou
A risada malévola e esguia
Das correntes subindo
Pelo corrimão
Chegando reversas
E chiando vazias
Não sabe a solidão
Da morte vizinha.
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