Quanto do céu
Deste pedaço de terra
Enterrado sob monólitos
E a monotonia
De uma pesada fuligem
Espessando entre as narinas
E os olhos cansados dessa miragem
É seu?
Quanto você planou
Sublime no escuro
Num feixe de lua
A cair pesaroso na face?
Quantos nirvanas,
Pasárgadas, jardins suspensos
Seu corpo desejou ardente
Até a mente atendê-lo
Levitando em metamorfose
Sobre os ombros de um leviatã?
Quanto de você verteu derretido no espaço
Sobrando em passadas
De ampla consciência?
Quanto você percebeu
Da estranha leveza que habita a vida?
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