Tão horrível a dor dos meus seios
Pedrados de não ninar.
Insólita a razão de cheirar
Sem teus cachos.
Monstruoso o empurro
Para aguentar sozinho -
Não sei fazer esfinges de uma face só.
As minhas são necessariamente horrendas,
Sofridas do teu açoite para andar,
Corridas de chuva que esculpe
Caminhos de choro
Do teu toque de mestre
Na planta que me escraviza
Maldita, maldita...
Não tenho Moisés,
Só Ramsés para eternizar
Numa imagem de estrelas escolhidas a dedo
Por mim, segundo do reino,
Segundo eterno
Para falar de qualquer coisa
Que não seja o Deus incapaz de te substituir.
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