quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Café anoitecido

Aprumo a mira
No bilhar
Mas não cai
O milharal é espesso
Há milhares de tocas
Em que filtrar
O expresso é sem gosto
Está frio
Não quer mais trilho
Nem mais brilho no luar
Lavei os pratos de louça branca
Detergi as mãos
Pilatos acende um cigarro no fogão
E vai dormir.

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