Quando era mais jovem
Fiz um pacto
E me entreguei.
Era entrega completa
E não titubeei na decisão -
Assinei na mente um estatuto de consciência,
E apesar do meu subconsciente boicotá-lo de vez em quando
Fui essencialmente fiel a ele.
Hoje os termos são outros
E não se espera de mim a mesma fidedignidade,
Mas permanece um vínculo abstrato que não cabe aqui explicar.
Estes versos não são do contrato;
São do contratante.
São uma renovação de promessa
Como tantas vezes antes foi renovada -
Apenas uma declaração de vontade;
Apenas uma expressão de continuidade
Frente ao atraso de algumas anuidades
E descaso junto a umas trivialidades.
Estes versos são a ignorância do contratado
E suas levianidades
Para que mesmo em meio à total indiferença que tenho demonstrado
Saibas que a ti ainda estou infinitamente vinculado;
Saibas que ainda és inteiramente amado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário