quarta-feira, 10 de maio de 2017

Poema do Erro

Eu tenho andado com uma mania
De, olhando para fora da minha egolatria
E das riquezas que já acumulei naquelas mentes
Tão vadias quanto a minha,
Esnobar as cascas vazias que circulam por aí.
Eu sei: provavelmente elas têm conteúdo -
Se não todas, ao menos algumas.
Mas que importa?
Importar mais alguns bens
Não vale o esforço de rodar em meio
A tantas mil quinquilharias.
Tenho a sensação que quem valer a pena
Aparecerá brilhando nos meus olhos
E todo o resto mais ainda perecerá.
E daí que é errado?
A maior parte da vida
É nos erros ver o que se encontrará.

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