Brinco de casulo
Dependurado num sorriso nem sempre falso
Mas raramente brincado -
Eu cabulo o intervalo
Entre meu e seus corpos
Pra ficar presente só o que falo
E deixo a intenção apagada na confusão.
A verdade é que enclausurado
Entre alegrias que são verdadeiras
Eu me permiti esquecer
Na metamorfose que me trata
Se sou borboleta ou lagarta.
Eu brinco tão esticado do lóbulo
Que não ouço o que me é sussurrado
Ou sequer o que é desejado na mente
Fingindo plenitude na felicidade opaca.
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