Um dia passei debaixo da árvore em frente à portaria do prédio
Onde morava havia tantos anos que já nem sabia
Prestar atenção nela,
E, quando olhei para cima,
Os fachos de sol amarelo cortando
O verde de suas folhas antigas
Me fizeram ver que habito um poema persa de amor e aventura
Há muitas eras -
Só faltava escorrer sobre os olhos a tinta sagrada
Do filtro que revelaria
Quanto subestimo a minha realidade,
Mergulhando-a num mar de normalidade
Ao invés de poesia.
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