Eu recuso esta prisão;
Recuso com todo o coração!
Esta não é minha canção,
Não é minha maldição,
Não é o preço, a caução
Que pagarei sem retorno
Esperando a inundação.
Minha é a monção,
Meus são os andares superiores
Mergulhados nos trovões,
As altas torres
Que reluzem em meio aos furacões,
Poderosas como alucinações,
Concretas como rebeliões
Banhadas no furor primal
Das libertações!
Meu é o amor
Divino e animal
Repleto de um ardor
Que explode sideral
Impulsionando-me às galáxias
Longe das estáticas
Cavernas do gutural;
Meu é o grito
Desaflito
Quebrantado
Mas alado
Da eterna criação
Da minha expansão,
Respiração,
Pacificação!
Eu sou a própria natureza da amorificação!