Todo dia é um fim,
Um andar sem prumo,
Um senhor do bonfim que apodrece,
Um chão que não amortece,
Um pão comido sozinho,
Um mal...
Todo dia é normal,
Todo dia é feio,
É pão de centeio,
É mofo no pão,
É coceira na mão,
É no prato um vão
Que mergulha certeiro
Nas horas quadradas
Da escuridão
Do dia...
Todo dia é mais um dia em que não sou são.
Todo dia é um dia de enxofridão.
Todo dia eu não quero.
Todo eu quero.
Será que sobra um ponto no próximo verso para alcançar mais um dia
?
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