É Março outra vez, quem diria.
Eu que sempre acreditei haver um por vida
Hoje chovo novas águas
Que pensei chover nunca mais.
Aquele velho desejo de Abris esplendorosos,
Aquele sonho de Maios sutis
E também o temor de Junhos invernais e Julhos congelados.
Mas por enquanto é Março,
Mês de poesia juvenil e lágrimas sorridentes,
De calor na cama e uma pele grudenta a derreter corpo afora,
Secando noutra carne ao tentar adentrar seus canaviais,
Buscando despejar no desconhecido mas já tão querido
E viver os carnavais da mente, marcianos,
Muito mais críveis que os de outros anais.
Esse mês é meu estado natural.
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