Virando a curva do rio
Há uma corrente perigosa
Que leva a um lugar desconhecido.
Até eu o desconheço, que estranho...
O que será que tem lá?
Que morte dolorosa
Ecoa nos sussurros da curva?
Que sofrerei na dobra
Quando a torrente me puxar torcida
Pelo braço
E me afundar na água negra de descompaixão
Que, contam os mitos,
Arrastam os fracos para o escuro
E os fortes para sabe lá onde?
Devo testar a minha podridão?
Provar o corpo na imensidão de possibilidades?
Devo sumir no canto da selva?
A correnteza me puxa como ímã
Enquanto os xamãs guturalizam que não
E eu mergulho a mão na liquidez do destino.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Áquogutural
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