Sinto um cheiro de mar
Subindo na minha expiração.
Ele nasce no meu distante horizonte,
Onde o sol dissolve em brisa noturna,
E sopra gentilmente por minhas narinas
Em ondas constantes.
Sinto o chão se fazendo areia macia,
Esfarelando como tempo entre minhas mãos,
E mergulho os dedos nos seus lençóis
Que escorrem num ritmo profundo
Do topo das dunas ao coração
Até confundirem-se com os grãos prateados de água
E se perderem na marificação.
Sinto o vento cantando malemolente,
Dedilhando no suor de minha pele
Uma serenata de verão:
Ele canta de noites vadias
Onde a lua corre livre
E os grilos ecoam seus versos
Aquecendo a ligeira canção.
E eu, todo inverso,
Virando paisagem de dentro pra fora,
Me perco, por hora,
Em sentidos que, assim desconvexos,
Subindo na minha expiração.
Ele nasce no meu distante horizonte,
Onde o sol dissolve em brisa noturna,
E sopra gentilmente por minhas narinas
Em ondas constantes.
Sinto o chão se fazendo areia macia,
Esfarelando como tempo entre minhas mãos,
E mergulho os dedos nos seus lençóis
Que escorrem num ritmo profundo
Do topo das dunas ao coração
Até confundirem-se com os grãos prateados de água
E se perderem na marificação.
Sinto o vento cantando malemolente,
Dedilhando no suor de minha pele
Uma serenata de verão:
Ele canta de noites vadias
Onde a lua corre livre
E os grilos ecoam seus versos
Aquecendo a ligeira canção.
E eu, todo inverso,
Virando paisagem de dentro pra fora,
Me perco, por hora,
Em sentidos que, assim desconvexos,
Me fazem inundação.
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