A polvorenta esfarelar
Como poeira que devo varrer,
Mas para onde
Se em todo lugar
Sobra forro vermelho?
Fico tal qual travesseiro de penas
A deplumar e vazar
Por entre a fronha.
Assim passo - a escorrer seiva rouge
Manchando os sofás,
Os lençóis e o assoalho
Até no tecido em pano murcho
Só a extensão do tempo sobrar.
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