quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Torpe e despudorado andor poético
Peça o que for.
Pôr a cor numa peça
Da mente somente enquanto
Pedaço ela for.
Depois ela espalha contente
Nas veias - sente! -
E despede em torpor.
Peça o que for.
Pôr na boca da gente
A fala de peça
Que derrete em ardor
Antes que o lirismo do palco
E do lábio quente
Dissipe em pudor.
Peça o que for.
Prega uma peça em meu ente
Interno e ausente
Com palavras de amor
E deixa que entenda somente
Quando elas partirem
Como procissão carregando o andor.
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