Vale a pena?
Vale, apenas?
Penso que não.
A luta por retidão
Do corpo à mente
Sobe às copas da razão,
Sobe o reto anseio
De ansiar não mais.
A gruta do consciente são
Crua no ente
Que não entende a tropa,
A fantasia usurpando seu posto,
Sua prerrogativa de encosto.
Ao que responde o novo inquilino
"Quem és, se não eu?
Que vale lutar contra ti?
Que vale tentar não sumir,
Se não somes, somente retomas?"
O ente, inconformado,
Devaneia lentamente.
Vagueia ao acaso
E enquanto vai se tornando invisível
Questiona quanto vale
Sua autenticidade.
Vale mil dias de sanidade?
Vale cem dias de paz?
Vale dez?
Valium?
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