Eis o homem cujo embalo é as correntes.
Arrastam-no à rua para gritar,
Prendem-no à casa para estar
Mal-estar.
O homem que descobriu o fluxo da vida
E a apatia dos dias por contar.
Homem que não cresceu e precisa de embalo
Apenas para conter o choro infantil
De quem não desmama;
De quem nunca ama;
De quem no fundo acredita ter descoberto
Que não existe amor;
De quem à mãe poesia chama
E nada mais ouve;
De quem houve e não sabe dizer se haverá;
De quem não chamará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário