O velho cancioneiro
Já está velho demais para cantar.
A voz não sai afinada,
As mãos não dedilham com a mesma sensatez
E o violão tem cupins.
Ele arranha, então,
Um pigarro na garganta
Deixando escapar um longo murmuro
Num tom baixo e inconstante,
E eis aí uma canção.
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