Hoje eu não vou te descrever pelos olhos da alma
Porque os que te enxergam são carnais
Fotografando tua pele esculpida de bronze líquido
Pingando da minha boca.
Hoje não tem sentimentalismo frouxo;
É dia de sol escaldante pra suar o teu cheiro
Na minha roupa
E sujar as memórias sacrossantas
Com um presente seboso de baba
Por todo o corpo.
Hoje é dia do corpo nu
Que, pés nos pés,
Coxas nas coxas,
Barriga nas costas
E nariz no cangote
Amanheça esquisito, gostoso,
Esquecido e lembrado
Só para a minha língua resgatar o teu sabor.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Puratara
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