Por toda a minha vida
Tomei caminhos sem fim
Que se apagavam debaixo de meus pés
E já não faziam sentido.
Por toda a minha vida
Deixaram de ser caminhos
Para se tornarem pairação
Em meio a um inferno escuro sem direção.
Por toda a minha vida
Houveram infernos espalhados no tempo
Marcados na carne a ferro quente
Cicatrizando em marcas que não me deixaram.
Por toda a minha vida
Cicatrizei esquisito uma pele escamada
Até meus olhos virarem olhos de lagarto
E eu ficar acoplado numa árvore
Buscando com meu olhar morto
Por toda a minha vida.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
O Lagarto
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