sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Poema Numa Varrida de Versos

Minha vida?
Guantánamo
Guarita que é muamba
Lagarto na corda bamba
Amor
Dolorido
E os poemas.
Ela é as repetições
Os erros descorrigidos
No descarrego.
É o arrego
Feito de insistência.
É o existencialismo místico
Num culto de ateísmo
É o livro do desassossego encarnado
Na forma de raposa
Alada
Bicuda
E de todas as outras formas transfigurada.
É a cerveja e o agradável nada
E é tudo que vem numa paulada.
É tudo que não quero
E não vivo sem -
Que metalinguagem manjada.
É o desconfortável leito
Em que meu corpo se ajeitou
Pra dormir um sono mais gostoso
E sonhar desplanejado.

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