sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Vem vir

Eu vi lá longe escondido
O velho pequeno passarinho
Encapsulado em emoções
Incompreendidas.
Vem vir, passarinho!
Vem vir que vai!
Mas ele fica lá, em posição fetal,
Engolido na eterna guarda
Da destruição.
Vem vir, passarinho!
Vem vir que vira e sai!
Eu senti o passarinho passando
Leve e fechado na garganta
E descer lá fundo
No limbo do coração.
Vem vir, passarinho!
Vem vir que pode ser que valha a pena
Ainda crer um pouco mais
Em outra coisa alheia,
Em outras asas que abraçar!

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