Minha vazia viraliza
E viraliza
E viraliza mais e mais
E canaliza meus vitrais
E num espanto já esperado
Estou vidrado rente ao canto
Frente à vida entre os murais;
Estou escrito em rimas pobres
Encurralado nos feitiços do meu encanto
Aprincesado contra as redes sociais
E os cofres cheios dos anseios
E rebuliços onde grito
Viralizam
De outras infecções virais
E minha cheia viraliza
E viraliza
E viraliza mais e mais
E inferniza meus anais
E enquanto espumo infeccionado
Eu rumo ao esperanto
Onde pranto isolado no meu cais;
E ali mergulho entre as lágrimas e o mar
Ali decanto as minhas águas e seus sais
E esvazio nas línguas universais
Onde a vazia viraliza
E viraliza
E viraliza mais e mais...
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