Saiu de dentro do pote de salada de frutas
Um pé de feijão
Sabe-se lá como;
Brotou da bagunça caldosa e estridente
De doçura amarga -
A semente de banana fundiu com a manga seca
E a maçã amarronzada
No suco de laranja apertado à mão
Pra adubar uma mágica regada de tempo.
Mas naturalmente a tendência doce
Da minha imaginação
Não permite que eu só veja o feijão
Como adjunto do arroz:
Eu prefiro pensar que ele vai disparar
E arrancar o telhado
E eu poderei escalar seus ramos
Para agarrar nas nuvens
E comê-las feito o algodão doce que são
Ainda vivendo na infância
Mesmo mergulhado na maturação
Das frutas podres onde se depositam as raízes
Num tupperware lá no chão.
sábado, 30 de setembro de 2017
A Salada de Frutas e o Pé de Feijão
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