(Shigeru Umebayashi - Lovers - Flower Garden)
Eu já me sabia
Desde sempre
Amor,
Mas não me conhecia.
Eu já entretinha
Essa velha sabedoria
No andor,
Mas de seus bordados não sabia
Os significados.
Eu seguia as escolas de amor
E me perdia em suas linhas:
As tragédias me doíam,
Os romances não convinham
E o realismo destruía a própria essência que mantinha.
Foi a modernidade que me entortou,
Eu dizia.
Cria a mente velha,
Fora desse dia-a-dia,
Mergulhada numa latência mais profunda,
Uma busca arredia
De propósito que o mundo descuidou.
Eu não sou daqui;
Eu não pertenço,
Mas não esqueço o passado
De que outra vida me dotou -
Ele está ali, doendo
Na lembrança de querer
O que em mim nunca brotou.
Pobre, pobre jovem
Que tive que enfrentar a solidão
Da modernidade
Para me encontrar.
A bem da verdade,
Eu não fazia ideia
De como me pensar
E recostava sobre o outro
Procurando apoio e alegria.
Mas o amor nunca foi externo.
Amar amor amoroso
- Não desses descalabros que se escutam por aí -
Faz uma curva mais esguia:
Primeiro entra e circula no pulmão
Pra só então, bem aquecido de vida,
Soprar no outro a emoção.
Amar é totem que te guia,
É a própria tapeçaria
Da tua composição.
Amor e solidão, eu te diria,
Andam juntos nessa Terra,
Pois o amor só se descobre por inteiro
Na casa vazia
Onde possa às suas raízes dar vazão.
Amor é mais que companhia -
É acompanhar-se todo dia
E assim ferver uma energia
Que vaza da palma da mão.
Como é tênue a lã que fia
A diferença entre amor e desilusão!
Tantos nunca a encontram -
Morrem no caminho
Ou passam a vida em desacalanto,
E quem chega lá pode tão facilmente desfiar...
Mas eu não desencanto
Da jornada de amar.
Eu canto todo dia o pranto da melancolia
Que alivia a minha dor;
Como marinheiro em romaria
Eu reconto a história de vida
Que a esse canto do mar me navegou,
Pois repetida a alegoria
A tristeza aos poucos se sublima
E condensa em felicidade
Sobre o conto que em mim ficou.
Desde sempre
Amor,
Mas não me conhecia.
Eu já entretinha
Essa velha sabedoria
No andor,
Mas de seus bordados não sabia
Os significados.
Eu seguia as escolas de amor
E me perdia em suas linhas:
As tragédias me doíam,
Os romances não convinham
E o realismo destruía a própria essência que mantinha.
Foi a modernidade que me entortou,
Eu dizia.
Cria a mente velha,
Fora desse dia-a-dia,
Mergulhada numa latência mais profunda,
Uma busca arredia
De propósito que o mundo descuidou.
Eu não sou daqui;
Eu não pertenço,
Mas não esqueço o passado
De que outra vida me dotou -
Ele está ali, doendo
Na lembrança de querer
O que em mim nunca brotou.
Pobre, pobre jovem
Que tive que enfrentar a solidão
Da modernidade
Para me encontrar.
A bem da verdade,
Eu não fazia ideia
De como me pensar
E recostava sobre o outro
Procurando apoio e alegria.
Mas o amor nunca foi externo.
Amar amor amoroso
- Não desses descalabros que se escutam por aí -
Faz uma curva mais esguia:
Primeiro entra e circula no pulmão
Pra só então, bem aquecido de vida,
Soprar no outro a emoção.
Amar é totem que te guia,
É a própria tapeçaria
Da tua composição.
Amor e solidão, eu te diria,
Andam juntos nessa Terra,
Pois o amor só se descobre por inteiro
Na casa vazia
Onde possa às suas raízes dar vazão.
Amor é mais que companhia -
É acompanhar-se todo dia
E assim ferver uma energia
Que vaza da palma da mão.
Como é tênue a lã que fia
A diferença entre amor e desilusão!
Tantos nunca a encontram -
Morrem no caminho
Ou passam a vida em desacalanto,
E quem chega lá pode tão facilmente desfiar...
Mas eu não desencanto
Da jornada de amar.
Eu canto todo dia o pranto da melancolia
Que alivia a minha dor;
Como marinheiro em romaria
Eu reconto a história de vida
Que a esse canto do mar me navegou,
Pois repetida a alegoria
A tristeza aos poucos se sublima
E condensa em felicidade
Sobre o conto que em mim ficou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário