Recuso.
Preciso recusar.
Eu não reúso esses passados
Tão ancorados no naufrágio
Que já verteram em recife
De beleza in natura
Por sobre o velho metal.
Recuso. Recuso!
O cemitério não é meu adubo
Mesmo que lá deposite flores
Pelo meu antigo amar.
Recuso que se valha
A minha malha
Das agulhas do velho tear.
Prefiro que me morra
A melancolia amorosa
Se for pairar como espectro,
Adepta da vida em sono
E um profundo esperar.
Rechaço! Desfaço! Desuso
Todo sentimento espúrio
De apego paranormal
Que não me permite outro fuso
Onde o tempo me seja banal!
Recuso o tempo perpétuo
Que não traga nas suas entranhas
O calor do anti-tempo
Que anuncia o temporal.
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