Fazer música não é difícil neste século - difícil mesmo é fazer música de qualidade. Aliás, este é um mal do qual a indústria da música cada vez mais sofre, ao menos aos olhos dos especialistas, que refutam cada novo "artista" com uma inspiração que beira o plágio. Muito tem se falado sobre Lady Gaga e as óbvias semelhanças entre seu novo single, Born this way, com o clássico de Madonna, Express yourself, e realmente há momentos da música em que é quase possível ouvir a rainha do pop cantando ao som de sua própria produção. Mas creio que o problema da nova música de Gaga vai além da mera similaridade.
Quando explodiu como fenômeno pop, Gaga dava as caras como uma artista versátil e inventiva, disposta a quebrar barreiras com sua aparência esdrúxula e figurinos politicamente incorretos. Pintou-se camaleônica com a drástica mudança estética entre seu álbum de estreia The Fame e sua sequência The Fame Monster e chegou a convencer alguns de que era a nova Madonna (por mais dolorosa que seja a ideia de que o mundo musical de hoje tenha a mesma estrutura que aquela dos anos 1980, capaz de produzir grandes estrelas como Madonna, Michael Jackson e Prince, entre outros), até demais com o lançamento do videoclipe de Alejandro.
Porém, seu mais recente lançamento traz luz a uma nova possibilidade: a de que, na verdade, Gaga talvez não seja tão inventiva assim. Verdade seja dita, não há absolutamente nenhuma novidade em Born this way. Aliás, se a música tivesse sido lançada no álbum The Fame Monster eu sempre ficaria em dúvida se estava ouvindo tal faixa ou Dance in the dark, ou mesmo Monster. Na minha opinião, aí mora o maior dos problemas para Lady Gaga: musicalmente, ela parece estagnada. Uma realidade completamente diferente daquilo que seu produtor Akon¹ havia dito começa a pairar sobre a áurea de seu grande sucesso: Born this way é a mesma coisa de sempre.
Aliás, nem em seu ímpeto de apelar para aqueles que sofrem com preconceito ela foi lá muito criativa: sua fórmula já foi usada por Madonna (obviamente), Chrisina Aguilera e até Katy Perry! Inclusive, deixe-me aproveitar para dizer que em termos de músicas que visam resgatar a autoestima, Christina Aguilera fez um trabalho muito melhor que Lady Gaga, com músicas como Beautiful e Can't hold us down.
Resumo da ópera: é bom que Gaga comece a superar seus "monstrinhos", como ela própria diz, ou ao menos dirigir-se a eles de forma diferente. O problema é que a reinvenção musical na indústria fonográfica dos nossos tempos se faz mais como estratégia de marketing do que abordagem artística, tal qual Madonna fazia (notem que não estou ignorando sua capacidade marketeira, apenas ressaltando que sua música sempre tinha relação com sua vida pessoal e parcerias artísticas). Neste ponto, sim, gostaria que Lady Gaga plagiasse a rainha do pop, mas ao que parece ela tem grande potencial para se mostrar só mais uma princesa pop em meio à multidão. Sem ofensas! Eu também me entretenho com seu dance.
¹Akon comentou numa entrevista em 2010 que com seu novo álbum Lady Gaga estava "levando a música para um próximo nível".
Porém, seu mais recente lançamento traz luz a uma nova possibilidade: a de que, na verdade, Gaga talvez não seja tão inventiva assim. Verdade seja dita, não há absolutamente nenhuma novidade em Born this way. Aliás, se a música tivesse sido lançada no álbum The Fame Monster eu sempre ficaria em dúvida se estava ouvindo tal faixa ou Dance in the dark, ou mesmo Monster. Na minha opinião, aí mora o maior dos problemas para Lady Gaga: musicalmente, ela parece estagnada. Uma realidade completamente diferente daquilo que seu produtor Akon¹ havia dito começa a pairar sobre a áurea de seu grande sucesso: Born this way é a mesma coisa de sempre.
Aliás, nem em seu ímpeto de apelar para aqueles que sofrem com preconceito ela foi lá muito criativa: sua fórmula já foi usada por Madonna (obviamente), Chrisina Aguilera e até Katy Perry! Inclusive, deixe-me aproveitar para dizer que em termos de músicas que visam resgatar a autoestima, Christina Aguilera fez um trabalho muito melhor que Lady Gaga, com músicas como Beautiful e Can't hold us down.
Resumo da ópera: é bom que Gaga comece a superar seus "monstrinhos", como ela própria diz, ou ao menos dirigir-se a eles de forma diferente. O problema é que a reinvenção musical na indústria fonográfica dos nossos tempos se faz mais como estratégia de marketing do que abordagem artística, tal qual Madonna fazia (notem que não estou ignorando sua capacidade marketeira, apenas ressaltando que sua música sempre tinha relação com sua vida pessoal e parcerias artísticas). Neste ponto, sim, gostaria que Lady Gaga plagiasse a rainha do pop, mas ao que parece ela tem grande potencial para se mostrar só mais uma princesa pop em meio à multidão. Sem ofensas! Eu também me entretenho com seu dance.
¹Akon comentou numa entrevista em 2010 que com seu novo álbum Lady Gaga estava "levando a música para um próximo nível".
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