terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Âmago

Tomara que os ramos de flores
Que brotam na cerejeira
Continuem na penumbra
De uma árvore nascida
Entre muros de terra
Na escuridão.
Tomara que caiam perdidos
Na cega lama
Para brotarem
Qual noviços brotos escuros.
Tomara que a mais linda cerejeira
Continue sendo esta escondida,
Que de flores brancas
No lamaçal marrom
Só sabe ser perdida
Num escuso breu de segredo
E deliciosa solidão.

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