segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Pulsação

Hoje amanheci
Com aquele órgão tubular
Corando cantos esgueirados
Da minha explicitude
Entalados na aorta.
Aquietei nas metáforas complexas demais
Para o poema me gritar engasgado
A fúria da tristeza profunda
Engordurada demais pra pulsar;
Tão envolta que fica parada
Entupida
Na minha súplica
De amar...
De amar...
De amar...
Do teu amar que não pulsa.
E eu parada cardíaca
Já aceitei o fatídico fim.

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