Eu sentirei tudo aquilo que o espaço entre o céu e a terra permitir
E vós sereis os retratos de óleo que pingarão em minha parede.
E desta parede farei um mundaréu de tintas
Escorrendo por entre as fissuras da borda,
Por cima da borda, tanto faz,
Que inundarão meu pequeno quarto
Misturando-se imprecisas no chão
Tornando-o uma piscina de cores gordurosas
A confundirem e desentenderem-se
Até que enfim cheguem à negridão de um profundo quarto repleto
E cessem seu movimento.
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