segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Ferrotapa

Pego o metrô
Estou tonto
Desço a rua
Ando torto
Chego em casa
Não acho a chave
E nem embriagado estou.
Bem, talvez um pouco.
Uma dose de cachaça
E uma porrada de cotidiano
Que vinha me buscando
E acabou por me encontrar.
Agora a ferroada pegou.
Agora o tapa travou
Na mandíbula frouxa.
Não quero casa, não quero rua,
Não quero transporte público.
E agora, para onde vou?

Um comentário:

  1. adorei, rafa, principalmente esse final como se fôssemos estrangeiros em nós mesmos.

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