segunda-feira, 13 de junho de 2016

Beiraria

O frio acostuma, mas não aprece,
E mesmo que eu prece ao deus do infortúnio
A fortuna corrompe
E desejo ser rico.
Ainda que se pregue um voto de pobreza
O Papa traja ouro,
Trajano quer a Pérsia
E Roma que rua sob o peso de seu próprio vazio.
Que é o centro do mundo sem suas beiradas?
Expandir é instinto, pecar é preciso
E esse monge pecaminoso não cessará
Enquanto não ver as bordas da Terra redonda,
Enquanto almejar não signifique novamente alcançar os próprios muros,
Enquanto retornar não seja ao infinito romar.

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