terça-feira, 28 de junho de 2016

Pupilar

As coisas não podem ficar excessivamente corretas
Minhas fases não são lineares
Meus amores são problemáticos em demasia
Anestesia pra quê?
Sonho de um homem que muda de rosto
Entre todos que amei
E ele em contrapartida assiste uma tela transparente
Finalmente vendo pelos meus olhos
Saindo do meu plano enigmático para o mundo
Ele e eu nas minhas pupilas espelhadas
Onde se encontram os espectros de gente
E dois se fundem num buraco negro
Para devorar o universo numa única visão
Criar a dimensão paralela em que enfim resido
Meu lar não está aí no fundo nem aqui no infinito
Está na superfície nebulosa e ondulante.

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