sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sertanejo

Valdiceia parte rumo a terras mais perdidas
Em pranto de terra que deixa o chão.
Na trouxa, uns trapinhos de Jorge, Maria, marido e própria.
Valdomiro busca ares mais ventantes
Em coragem de coiote.
No cangote, enxada e prece partidas esperam assento.
Em frente, Valparaíso,
Que cala num longo anseio
De sonho esperançoso.
Do requentado caminhão
Ouvem-se só ronco metálico e este sonho,
Tão discreto entrosado na lona suja
Que cobre as ásperas banquetas.

Quiçá Valparaíso valha um sorriso.

Um comentário:

  1. O sertane sempre via
    uma estrela fria
    no fim do dia.

    Conhece Valparaíso?
    Não perde nada.
    nem sertanejo lá te.

    Abraços =]

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