terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Escuro

Lá na sombra do canteiro
Vive o homem
De olhos que nunca vi.
Vulto esguio passa
Entre minha vista
E velas turvas
Espreitando cada ponto
De minha loucura
Que grita tão sã.
E cá nas minhas entranhas
O homem para e olha-me
Como sombra no telhado
E claridão de pavio,
Que num fósforo se acende
E perde-se no relance
De um sopro e um arrepio.

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