sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O poema que se pretende

(13 de Janeiro de 2010)

Ora,
Esse vício me mata!
Mata rente à porta,
Logo ali quando vou passar.
Prende-me rente à barca
Pronta para partir;
Esfola-me junto à selva
Esperando para me engolir;
E eu esperando a mente
Livre para parir
Uma ou outra ideia
Que me recrie,
Que me recesse.
Tenho mais é que ficar
Tal qual prenha:
Esperar meus nove meses,
Talvez mais, talvez menos,
E torcer por um abismo de dor
Que talvez, ou mais que talvez,
Alimente-me um novo vício
Que detestarei
E detestar-me-á.

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