quinta-feira, 25 de abril de 2013

Derivações sobre a forma

Quem ama precisa externar?
E como se externa?
E como é preciso?
A imprecisão parece reinar;
A incompreensão e os mal entendidos.
E não há um ponto
Em que se rescinda o amor
Por excessivo desencontrar?
Alguma forma de interrupção sem dúvida há,
Mas é de amor
Ou é só de vagar?
É tudo muito vago nesse complexo de amar.
Amor escondido,
Amor distorcido,
Amor que fere,
Amor ferido...
E quem há de dizer que nesses amores amor não há?
Quem ama precisa amar?
E se quisesse um desamor
Desfaria?
Não há, por dentro ou por fora,
Resposta que interne ou externe
O que por esse nome desejo chamar.
Amor não é chama.
Amor não é paz.
Amor é nada
E ainda assim jaz.
Amor não é flor,
Mas jasmineia um algo ardiloso
Que eu prefiro não elucidar.

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